Obra de restauro revela pintura atribuída ao filho de Mestre Ataíde em igreja de Mariana (MG)

Obra de restauro revela pintura atribuída ao filho de Mestre Ataíde em igreja de Mariana (MG)

 

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Sob camadas de tinta branca, a descoberta. Um anjo segurando uma guirlanda de flores foi revelado durante as obras de restauro da Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos, em Mariana (MG), contratadas pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), com recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) das Cidades Históricas.

A pintura do século 19 foi localizada no retábulo esquerdo, no fundo do camarim do altar, e é atribuída, inicialmente, a Francisco de Assis Pacífico da Conceição, filho de Manuel da Costa Ataíde (1762-1830), o Mestre Ataíde, um dos expoentes artísticos do período colonial. A equipe de restauração já esperava encontrar a guirlanda de flores, mas o anjo foi uma surpresa.

A tinta, que cobriu a arte por anos, tem sido cuidadosamente removida pela equipe de restauradores desde o início das obras, em 4 de janeiro de 2016. As etapas empreendidas até o momento contemplam remoções de camada pictórica dos retábulos, higienização do altar da capela-mor, e início de restauração do forro da capela-mor de autoria do Mestre Ataíde.

Erguida por escravos em 1752, e tombada pelo Iphan em 1939, o projeto de restauro da Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos vai além da restauração de seus elementos artísiticos integrados. Há ainda a previsão de obras para sua recuperação arquitetônica e a implantação do Museu Vieira Servas – em referência a Francisco Vieira Servas (1720-1811), responsável pelo monumental altar da capela-mor.

A expectativa da equipe do escritório do Iphan em Mariana é que sejam descobertos outras pinturas sob a tinta, como nas alvenarias da capela.

 

 

 

 

 

 

 

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PAC Cidades Históricas em Mariana
Além das obras na Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos, o PAC Cidades Históricas contempla a restauração arquitetônica da Catedral da Sé, a Igreja Matriz. Ambas as obras começaram em janeiro deste ano e os vestígios arqueológicos já encontrados durante o trabalho reforçam a significativa relevância do patrimônio cultural brasileiro e de Minas Gerais.

O PAC Cidades Históricas é uma ação governamental articulada com a sociedade para preservar o patrimônio brasileiro, valorizar a cultura e promover o desenvolvimento econômico e social com sustentabilidade e qualidade de vida para os cidadãos. Articulado pela Presidência da República, o programa é coordenado pelo Ministério da Cultura, por meio do Iphan, e conta com a participação do ministérios do Turismo, da Educação e das Cidades, da Petrobras, da Eletrobrás, do BNDES, da Caixa Econômica Federal e do Banco do Nordeste do Brasil.

 

fonte: http://portal.iphan.gov.br/

 

 

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