Jardins de Burle Marx e Glaziou são tombados pelo Iphan

Jardins de Burle Marx e Glaziou são tombados pelo Iphan

 

Obras dos paisagistas Burle Marx e Glaziou foram aprovadas por

unanimidade pelo Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural

 

Os Jardins de Burle Marx, no Recife, em Pernambuco, e o parque Campo de Santana, na capital do Rio de Janeiro,

foram tombados pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) na última quinta-feira (11).

As propostas foram aprovadas por unanimidade durante a 79ª reunião do Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural, realizada

em Brasília.

 

Projetados na década de 1930, os Jardins de Burle Marx, na capital pernambucana, são formados pela Praça de Casa Forte (Praça Vitória

Régia); Praça Euclides da Cunha (Cactário de Madalena ou Praça do Internacional ou Praça do Benfica); Praça da República (Jardim do Campo

das Princesas); Praça do Derby (Parque do Derby); Praça Ministro Salgado Filho (Praça do Aeroporto); e Praça Faria Neves (Praça de Dois Irmãos).

Têm como característica do artista a utilização do tripé higiene, educação e arte, no qual a vegetação é o elemento principal.

“As qualidades estéticas e paisagísticas dos jardins desenhados por um dos principais expoentes do movimento modernista no Brasil e no exterior

são as principais características a serem consideradas para tombamento”, afirma o comunicado do Iphan.

 

Já o Parque Campo de Santana, projetado pelo paisagista francês Glaziou no Rio de Janeiro, foi tombado pela segunda vez, já que em 1938 entrou para a

lista de patrimônio histórico nacional, mas saiu cinco anos depois quando teve 18% de sua área suprimida para abrir passagem à construção da Avenida

Presidente Vargas.

Hoje, com cerca de 155 mil m³, ainda preserva sua configuração artística, histórica e paisagística, sobretudo após as obras de recuperação e qualificação

executadas durante a segunda metade do século XX.

Segundo o Iphan, o complexo “reúne atributos históricos, uma vez que foi palco de celebrações oficiais e cívicas ligadas à condição do Rio de Janeiro enquanto sede do Império e capital do país; artística, pelo projeto do paisagista francês Glaziou que o levou ao seu primeiro tombamento; e também paisagística, reconhecendo o valor da paisagem de jardim romântico que o bem oferece, foi construído no século XVIII”.

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